Por que a pesquisa sobre o TDAH é necessária?
O diagnóstico do TDAH ainda é baseado em entrevistas clínicas e nos sintomas apresentados pelos pacientes. Até o momento, não existem marcadores biológicos ou exames de sangue e imagem disponíveis, a fim de se diagnosticar o TDAH por um teste.
O tratamento farmacológico do transtorno busca a redução de sintomas de hiperatividade, impulsividade e desatenção, mas não atua exatamente na causa do TDAH e, portanto, não pode contribuir para uma "cura" completa do problema. As causas do TDAH ainda não estão claras, dificultando o desenvolvimento de estratégias de tratamento ainda mais eficazes.
Dessa forma, a investigação do TDAH poderia propiciar um maior entendimento dos mecanismos envolvidos no transtorno e assim possibilitar novas estratégias de diagnóstico e tratamento.
Um maior conhecimento sobre genes e variantes genéticas pode melhorar a nossa compreensão dos processos biológicos que diferem em pacientes com TDAH e indivíduos saudáveis. No entanto, a detecção de fatores genéticos para o transtorno ainda é um grande enigma. Até agora, sabemos pouco a respeito de quais seriam essas variantes e qual sua influência na suscetibilidade ao TDAH. Geralmente o efeito dessas variações genéticas é pequeno, de modo que a nossa investigação só pode ser realizada em grandes grupos de pacientes com TDAH e pessoas saudáveis. Assim, a colaboração entre diversos grupos de pesquisa, tais como o IMpACT, é extremamente importante para
o progresso científico.